MÍDIAS SOCIAIS
MURAL DIGITAL CONCURSO PÚBLICOREVISÃO PMSBCOLETA DE RESÍDUOSOUVIDORIAATIBAIA SEM PAPEL - SAAETarifa SocialRelatório Anual da Qualidade da ÁguaPLANO MUNICIPAL DE RESÍDUOS SÓLIDOSARES-PCJConsórcio PCJManual de Saneamento Funasa
Atibaia decreta ESTADO DE EMERGÊNCIA
23 JAN 2015

Atibaia decreta "Situação de Emergência"

 

            A partir deste sábado, 24, Atibaia entra em “estado de emergência” devido à crise hídrica que tem afetado todo o Estado de São Paulo. O prefeito Saulo Pedroso assinou o decreto com objetivo de reforçar a campanha contra o desperdício de água, envolvendo toda a população, e também permitir ao município tomar medidas rápidas e efetivas que evitem o colapso do sistema público de abastecimento.

            “A situação da água tem se agravado em todo o Estado e Atibaia está fazendo a sua parte, buscando alternativas e soluções para continuar garantindo o abastecimento à população. Diante da crise no Estado, cabe aos municípios tomarem medidas de contenção e prevenção, adotando posturas mais firmes perante a crise hídrica. Em nossa cidade, a SAAE [companhia responsável pelo tratamento de água do município] vem se mobilizando para que Atibaia passe pelo período de crise sem grandes prejuízos”, disse Saulo Pedroso.

            O decreto irá possibilitar, por exemplo, que a SAAE resolva de maneira mais rápida a questão da coloração da água, que, apesar de manter a sua potabilidade, está amarelada, o que tem incomodado a população. A cor é decorrente do aumento da concentração de ferro e manganês (elementos que já fazem parte da composição natural da água dos rios), devido à redução no volume de água. “Estamos captando água do fundo do rio, assim como vem acontecendo em todo o Sistema Cantareira”, explicou hoje a superintendente da SAAE, Fabiane Santiago, durante coletiva à imprensa.

            Outra medida é a criação de um projeto de lei, que será enviado para a Câmara Municipal, prevendo multa para quem desperdiçar água. A SAAE enviará também, até segunda-feira, uma solicitação à Ares-PCJ [Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento da Bacia dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí], para a implantação de tarifa de contingência para conter o consumo, seja em residências, comércios ou indústrias. Dessa forma, os consumidores que gastem mais do que sua cota mensal serão sobretaxados. “As sanções estão sendo levadas em conta, para que a situação não se torne mais grave”, apontou a superintendente da SAAE, Fabiane Santiago.

            No ano passado, o prefeito encaminhou projeto de lei à Câmara prevendo descontos para quem economizasse no consumo e multa para os abusos. Somente os descontos foram autorizados pela Câmara. A medida ajudou a reduzir cerca de 30% do consumo de água na cidade.

            Em abril de 2014, a SAAE realizou também uma obra preventiva de recuperação e proteção da margem direita do Rio Atibaia, na altura da Estação de Captação de Água (bairro Terceiro Centenário), a fim de manter os níveis do rio adequados para captação de água. A medida gerou polêmica e foi muito criticada, mas sem ela centenas de casas estariam hoje sem água nas torneiras. No mesmo mês, foram iniciadas as obras da nova ETA (Estação de Tratamento de Água) Central, uma das mais modernas do país e que irá praticamente dobrar a capacidade de tratamento de água na cidade.

 

Racionamento

            A SAAE conta com a colaboração de toda população em relação à economia da água, pois na virada do ano, ocorreu um aumento considerável do consumo e o nível do Rio Atibaia (assim como de todo o Sistema Cantareira) voltou a cair. De acordo com o DAEE, no último final de semana, por exemplo, Atibaia teve o menor nível de captação da história, operando com 0,86 m³/s. Hoje existem seis bombas de captação no Rio Atibaia, mas, devido ao baixo nível do rio, apenas três estão realizando o trabalho. “Por enquanto, não há previsão de racionamento, mas somente se chover bastante e se a população continuar colaborando é que poderemos descartar essa possibilidade”, explicou Fabiane Santiago.  

 

Regras para captação

            A resolução conjunta da ANA e DAEE (nº 50, de 21 de janeiro de 2015), publicada na quinta-feira, dia 22, no Diário Oficial da União, estabelece regras e condições de restrições de uso para captações de água nas bacias dos rios Jaguari, Camanducaia e Atibaia. As regras valem toda vez que o volume útil, disponível por gravidade, no Sistema Equivalente do Cantareira for menor do que 49 hm³, o que corresponde a 5% do volume útil dos reservatórios. Sempre às segundas e quintas-feiras serão divulgadas, pelo site www.sspcj.org.br, as regiões que estão em “Estado de Alerta” ou “Estado de Restrição”, de acordo com o estado das vazões.

            Conforme os dados da última quinta, 22, as bacias do “Alto Atibaia”, da qual Atibaia faz parte, estava em estado de alerta, ou seja, não havia restrições relacionadas à captação de água do rio. Caso, no futuro, haja “Estado de Restrição”, seriam impostas restrições para abastecimento público e para matar a sede de animais, com redução de 20% do volume diário outorgado; e para uso industrial e irrigação, com redução de 30% do volume diário outorgado. Vale destacar que, nesse caso (de restrição), todos os demais usos seriam paralisados.

 

Perguntas Frequentes

Atibaia está com problemas relacionados à falta d´água?

Atibaia passa, como todos os municípios da região, por um período de seca. Com o baixo índice de chuvas, o volume de água do Rio Atibaia que abastece grande parte do nosso município vem diminuindo gradativamente, no entanto ainda não temos falta d´água.

Qual o volume de água do Rio Atibaia sem a influência do Cantareira?

Considerando as descargas informadas nas represas Cachoeira e Atibainha, e também a informação da vazão em Atibaia após nossa captação, em muitos momentos a vazão é muito baixa (menor que 1 m³/s) tendo em vista que outros usuários (possivelmente irrigantes)

fazem a captação diminuindo a vazão dos rios após a descarga das represas, além da evaporação com o calor excessivo que temos enfrentado.

A água que chega à minha casa está com alteração na cor. Eu posso beber essa água?

Devido à escassez hídrica e o uso do volume do fundo das represas do Cantareira, ocorreu um aumento de ferro e manganês na água do rio e, após o tratamento, a mesma apresentou variações de tonalidade. Contudo, ela pode ser consumida.

Qual a quantidade de ferro e manganês na água do Rio Atibaia (antes e depois da alteração)?

Antes - Manganês < 0,1 mg/l. Agora está entre 0,7 e 0,8 mg/l.

Antes - ferro aproximadamente 1,0 mg/l. Agora está próximo de 3,0 mg/l

Quais medidas estão sendo feitas em Atibaia para enfrentar a crise hídrica que atinge todo o Estado?

  • Projeto de lei para multar quem desperdiçar;
  • Solicitação à ARES-PCJ de tarifa de contingência;
  • Recuperação da Crista do barramento do Rio Atibaia, que tem garantido nível de captação;
  • Geofonamento noturno, que faz uma varredura de vazamentos “não visíveis”;
  • Campanhas de incentivo ao consumo consciente;
  • Construção da Nova ETA;
  • Implantação das novas redes em PEAD;
  • Implantação de Macromedidores;
  • Prioridade no conserto de vazamentos;
  • Decretação do Estado de Emergência.

Existe previsão para normalização da cor da água?

Por se tratar de um efeito ocorrido devido ao uso da reserva técnica, não podemos calcular uma data específica para que esses efeitos passem de uma vez, até porque dependemos muito dos fatores climáticos. No entanto, a SAAE vem realizando testes incessantemente, em busca de melhorias para que essa alteração da cor seja minimizada o mais rápido possível.

O que eu posso fazer para ajudar?

Todo tipo de ajuda é válida, temos que encarar o fato que estamos num período difícil de estiagem para todo o Estado. Economizar é o mais importante: evitar lavar os automóveis, varrer a calçada, diminuir o tempo dos banhos e reutilizar a água da máquina de lavar são  algumas medidas simples que somadas com todas as outras farão com que esse processo passe mais rápido.

Qual foi o consumo médio por habitante/residência de Atibaia no ano de 2014?

O consumo médio foi de 143,77 litros/dia, enquanto a média da grande São Paulo chega até a 200litros/dia. No entanto, de acordo com a ONU, cada pessoa necessita de 110 litros/dia para atender as necessidades básicas de consumo e higiene. Ou seja, nossa população já contribuiu com uma diminuição do consumo, mas existe espaço e necessidade para uma economia ainda maior para evitarmos uma crise mais severa.

Qual foi o número de redução de consumo no ano de 2014?

De Janeiro a Novembro de 2014, tivemos uma redução de cerca de 30% no consumo em Atibaia.

Existe alguma bonificação para quem economiza água? Eu posso denunciar moradores ou comerciantes que desperdiçam água?

Durante o ano passado pudemos observar uma redução de consumo de cerca de 30% em Atibaia, como resultado de campanhas de incentivo à redução de consumo realizadas pela SAAE, como: palestras educativas, mensagens na fatura, spots de rádio, entre outros.

Além disso, foi aprovada a Lei Municipal nº4230/14, com vigência até novembro/2014, que incentivava a redução de consumo através de desconto de 20% na fatura de água para quem economizasse acima de 30% na média dos últimos 12 meses, divulgada através de um “gibi” educativo distribuído junto com a fatura e através do site e facebook da companhia. No entanto, ao mesmo tempo que percebemos parte da população engajada em reduzir o consumo, também temos recebido muitas denúncias de desperdício de água. Porém, a lei nº 4230/14 não prevê multa para quem desperdiça água. Essa taxa estava presente no projeto da lei, mas foi vetada pela câmara dos vereadores durante a votação do projeto. Desta forma, cabe a SAAE apenas enviar uma notificação ao infrator, ensinando boas práticas quanto ao consumo de água.

Já existem municípios que aplicam multa para o consumo excessivo de água na região ou Atibaia será o primeiro município a aplicar essa sanção?

Sim!

  • Região Bragantina: Bragança Paulista, Joanópolis, Nazaré Paulista, Pinhalzinho, Piracaia, Vargem.
  • Região de Campinas: Hortolândia, Itatiba, Jarinu, Monte Mor, Morungaba e Paulínia.
  • Região metropolitana de São Paulo: Arujá, Barueri, Biritiba mirim, Caieiras, Cajamar, Carapicuíba, Cotia, Diadema, Embu das artes, Embu – Guaçu, Ferraz de Vasconcelos, Francisco Morato, Franco da Rocha, Itapecerica da Serra, Itapevi, Itaquaquecetuba, Jandira, Mairiporã, Mogi das cruzes, Osasco, Pirapora do Bom Jesus, Poá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Salesópolis, Santana do Parnaíba, São Bernardo do Campo.
  • São Paulo: Suzano, Taboão da Serra, Vargem Grande Paulista.

Fonte:http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,sabesp-estende-multa-da-agua-a-12-municipios-na-area-do-cantareira,1617513

Vale esclarecer que, para que aconteçam multas sobre o consumo excessivo de água, a SAAE vai encaminhar um projeto que precisa ser aprovado pela Câmara.

Minha vela do filtro suja muito. Qual o motivo?

Como a água fica mais tempo em contato com a água com Cor, ocorre a retenção do ferro e manganês na superfície da vela sujando mais rapidamente. A vela auxilia na remoção da cor, mas diminui, com o passar dos dias, sua velocidade de filtração.

A água às vezes chega branca, é devido ao aumento de cloro?

Água branca não é excesso de cloro e sim ar dissolvido na água, onde as micro bolhas de ar dão aspecto esbranquiçado na água, que, após alguns segundos repousando no copo, se dispersam e o líquido retorna a seu aspecto habitual. Não é prejudicial a saúde.

Ajuda adicionar cloro na água para tirar a cor amarela da água?

Adicionar mais cloro na água não ajuda a tirar a cor da água. Como o cloro é um agente oxidante ele só vai aumentar ainda mais a alteração na cor devido a oxidação do ferro e manganês presentes na água.

O ferro e o manganês são prejudiciais à saúde?

Não, o ferro e o manganês são essenciais ao ser humano, podendo ser encontrados na alimentação ou em suplementos alimentares ou vitamínicos. O ferro auxilia no combate a anemia e está presente nas verduras de folhas verdes e carnes vermelhas. Já o manganês na banana, abacaxi, castanhas e blue berry; aumentando o metabolismo de enzimas, ajudando na cicatrização, fortalecendo o tecido arterial, ajuda no crescimento corporal, na formação de cartilagem e ossos e auxilia na reprodução.

Lembramos que na água e no solo, estes elementos estão presentes naturalmente.

No que implica o decreto de “estado de emergência”?

Ele foi criado a fim de evitar o colapso no sistema público de abastecimento de água. Não se trata de uma imediata instauração de racionamento. O decreto trata-se de um facilitador para a realização de várias medidas que visam combater e gerenciar a crise hídrica. Um possível racionamento seria a última opção utilizada.

Caso seja necessário adotar um sistema de racionamento, Atibaia já está preparada? Como seria feito esse racionamento?

Sim! Atibaia já tem um Plano de Contingenciamento do Uso da Água, que está em análise na ARES-PCJ.

É importante lembrar que o que a SAAE não quer fazer racionamento, pelos transtornos que podem ser gerados para a população. Mas temos duas condições que podem demandar racionamento:

a) Pela resolução conjunta ANA e DAEE que determina a redução de 20 % na captação. Temos que reduzir o consumo de água na cidade em geral. Caso as pessoas façam o uso consciente da água, podemos atingir esta metas sem racionar.

b) Na oferta da água bruta, o Rio Atibaia tinha como convenção a vazão de 5.000 l/s na ponte da Avenida São João, onde existem réguas de medição da ANA e DAEE. Nesta semana registramos vazões de até 1000 litros/segundo. Com vazões menores que esta, podemos ter problemas na captação desta água, o que pode levar ao racionamento pela falta da água bruta.

 

 

 
 
 

Design por: Agência bcicleta